Risco Cirúrgico
A avaliação do risco cirúrgico é um componente essencial na tomada de decisão pré-operatória. De acordo com as diretrizes da American College of Cardiology e da American Heart Association, a avaliação deve considerar fatores específicos do paciente, do procedimento e da instituição ou operador.
Fatores do paciente incluem avaliação das comorbidades, função de órgãos principais (como disfunção cardíaca, renal, pulmonar, hepática), fragilidade. Propensão a sangramento excessivo (trombofilias, doença hepática avançada, etc.). Histórico cirúrgico prévio com complicações potencialmente evitáveis. Conscientização quanto ao procedimento cirúrgico e suas possíveis complicações. Histórico de hemotransfusão. Medicações de uso contínuo - quais e quando suspender.
Fatores do procedimento envolvem a complexidade e a natureza da cirurgia. Ferramentas de predição de risco, como o escores de risco: ASA, Lee, ACP, EMAPO, VSG-CRI, STS Predicted Risk of Mortality e o EUROSCORE II devem ser calculados a depender do procedimento proposto.
Fatores da instituição; de acordo com os ricos podemos orientar/sugerir pós operatório em centro de terapia intensiva, deambulação precoce para prevenção de trombose, ou reserva de hemoderivados, etc. É importante que essas orientações sejam consideradas na escolha da instituição onde será realizado o procedimento para maior segurança do paciente, de modo que não sejam surpreendidos com alguma intercorrência emergencial.
Portanto, a avaliação do risco cirúrgico deve ser abrangente, integrando múltiplos fatores para fornecer uma estimativa precisa e personalizada do risco, facilitando a tomada de decisão informada e a alocação de recursos.
Dra Camilla Callado
CRM 52.99170-8
Cardiologia - RQE 30427
Clínica Médica - RQE 30426