As palpitações podem indicar uma variedade de condições, tanto cardíacas quanto não cardíacas. Entre as causas cardíacas, temos as arritmias sejam elas taquiarritmias supraventriculares, que se originam nos átrios, como Fibrilação Atrial, Flutter Atrial, e taquicardias reentrantes, ou a taquicardia com origem no ventrículo a taquicardia ventricular (TV), sendo esta última a mais preocupante, e sugestiva de alteração estrutural do coração, podendo evoluir para ritmo de parada cardíaca. Bradiarritmias, com bloqueios de ramos, bloqueios atrioventriculares; ou simples extrassístoles (supraventriculares ou ventriculares), que são batimentos ventriculares ou atriais prematuros, bem frequentes na população e benignas.

A avaliação inicial deve incluir uma história clínica detalhada, histórico familiar e exame físico, seguidos por testes diagnósticos direcionados, como o eletrocardiograma (ECG) e monitoramento ambulatorial do ritmo cardíaco. A presença de sintomas como dor torácica, dispneia, ou síncope, bem como um histórico familiar de doenças cardíacas, pode aumentar a probabilidade de uma etiologia cardíaca mais grave.

Além das causas cardíacas, as palpitações também podem ser causadas por condições psiquiátricas, efeitos adversos de medicamentos e uso de substâncias.

Em resumo, palpitações podem significar arritmias cardíacas, condições psiquiátricas, efeitos adversos de medicamentos ou uso de substâncias, e a avaliação deve ser direcionada pela história clínica e achados do exame físico, com testes diagnósticos apropriados para diferenciar as causas cardíacas das não cardíacas.

Dra Camilla Callado
CRM 52.99170-8
Cardiologia - RQE 30427
Clínica Médica - RQE 30426